A heroína árabe contra o Estado Islâmico

Miriam al-Mansouri entrevistada pela jornalista Becky Anderson da CNN
Fotografia © D.R.
Aos 35 anos de idade, Miriam Hassam Salem al-Mansuri tornou-se uma
espécie de heroína na luta contra os jihadistas do Estado Islâmico.
Major da Força Aérea dos Emirados Árabes Unidos, que em 2007 se tornou a
primeira mulher piloto do país, participou nos bombardeamentos de
segunda-feira à noite sobre a Síria. O nome Al-Mansouri, em árabe,
significa "a conquistadora".
"Muito
qualificada, altamente treinada, pronta para o combate e líder da nossa
missão", assim a descreveu Yusef al-Otaiba, o embaixador dos Emirados
Árabes Unidos nos Estados Unidos. O diplomata, cujo país integra a
coligação internacional liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico,
explicou, à NBC News, como é que os norte-americanos souberam do
envolvimento de Miriam na missão: "Os pilotos do avião-tanque dos
Estados Unidos fizeram um contacto a pedir reabastecimento no ar para a
missão dos Emirados Árabes Unidos. Quando lhes respondeu uma voz
feminina ficaram em silêncio durante 20 segundos".
A notícia espalhou-se e Miriam, que pilota um caça F-16 Block 60, foi entrevistada para a CNN pela conhecida jornalista Becky Anderson: "Qualquer mulher que queira entrar num terreno dominado por homens depara-se com os mesmos problemas, preconceitos e estereótipos. Pus-me à prova para demonstrar que sou tão talentosa como os homens", disse a major, que usa 'hijab' - lenço islâmico que cobre a cabeça e é usado pelas muçulmanas. Ao destacá-la para a missão, os Emirados Árabes Unidos pretendem infligir não só um golpe militar no Estado Islâmico, mas também um golpe ideológico. Isto porque os jihadistas, que dizem querer formar um califado a partir dos territórios da Síria e do Iraque, têm reprimido as mulheres, obrigando-as a cobrirem todo o corpo com 'niqab' ou 'burqa'- deixando apenas os olhos à mostra -, a andarem armadas, a não ouvirem música, entre outras coisas.
A reação nas redes sociais não se fez esperar:"Tomem lá terroristas sexistas! As mulheres dos Emirados Árabes Unidos fazem chover a igualdade a partir do ar", escreveu, no Twitter, uma professora do emirado de Abu Dhabi, que usa esta rede social com o 'hastag' @ArabScarab. "Olá, Estado Islâmico. Quem vos bombardeou foi uma mulher. Passem um bom dia", escreveu, também no Twitter, Oula Abdullamid, analista do Washington Institute, citada pelo 'El Mundo'.
A notícia espalhou-se e Miriam, que pilota um caça F-16 Block 60, foi entrevistada para a CNN pela conhecida jornalista Becky Anderson: "Qualquer mulher que queira entrar num terreno dominado por homens depara-se com os mesmos problemas, preconceitos e estereótipos. Pus-me à prova para demonstrar que sou tão talentosa como os homens", disse a major, que usa 'hijab' - lenço islâmico que cobre a cabeça e é usado pelas muçulmanas. Ao destacá-la para a missão, os Emirados Árabes Unidos pretendem infligir não só um golpe militar no Estado Islâmico, mas também um golpe ideológico. Isto porque os jihadistas, que dizem querer formar um califado a partir dos territórios da Síria e do Iraque, têm reprimido as mulheres, obrigando-as a cobrirem todo o corpo com 'niqab' ou 'burqa'- deixando apenas os olhos à mostra -, a andarem armadas, a não ouvirem música, entre outras coisas.
A reação nas redes sociais não se fez esperar:"Tomem lá terroristas sexistas! As mulheres dos Emirados Árabes Unidos fazem chover a igualdade a partir do ar", escreveu, no Twitter, uma professora do emirado de Abu Dhabi, que usa esta rede social com o 'hastag' @ArabScarab. "Olá, Estado Islâmico. Quem vos bombardeou foi uma mulher. Passem um bom dia", escreveu, também no Twitter, Oula Abdullamid, analista do Washington Institute, citada pelo 'El Mundo'.
Nenhum comentário:
Postar um comentário