Panfleto do Estado Islâmico diz que o alcorão permite estupro de mulheres cristãs escravizadas
Publicado em: 10 dezembro 2014 ás 10:38:49
Em um panfleto distribuído aos seus combatentes, o Estado Islâmico afirma que o alcorão permite que os soldados do grupo tomem mulheres e meninas cristãs e de outros grupos religiosos como escravas sexuais.
Intitulado “Perguntas e respostas sobre fazer escravos e cativos”, o panfleto foi traduzido pelo Middle East Media Institute Jihad and Terrorism Threat Monitor, uma organização que trabalha com pesquisas sobre o terrorismo no Oriente Médio.
O conteúdo do material diz que os soldados do Estado Islâmico podem espancar e negociar seus escravos, e proíbe o abuso sexual apenas em casos específicos, tornando a avaliação uma questão pessoal do estuprador: “É permitido ter relações sexuais com a escrava que não tenha atingido a puberdade se ela estiver apta para a relação sexual; no entanto, se ela não estiver apta para a relação sexual, desfrute dela sem relação sexual”, diz o panfleto.
Segundo informações do WND, somente no último mês de agosto os terroristas do Estado Islâmico fizeram mais de 5 mil mulheres da minoria yazidi reféns. A possibilidade de que a maioria esteja sendo estuprada pelos extremistas é enorme, diz a Organização das Nações Unidas.
“Meninas mais
jovens foram separadas de mulheres mais velhas e colocados em uma grande
casa de três andares, com centenas de outras jovens”, disse uma
testemunha à CNN, acrescentado que homens do Estado Islâmico iam
periodicamente ao local escolher entre três e quatro meninas para
levá-las para casa com eles.
“Essas mulheres têm sido tratadas como gado”, afirmou Nazand
Begikhani, um assessor do Governo Regional do Curdistão, em entrevista à
CNN. “Elas foram submetidas a violência física e sexual, incluindo o
estupro sistemático e escravidão sexual. Elas já foram expostas em
mercados de Mosul e em Raqqa, na Síria, com etiquetas de preços”,
concluiu.
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