Promef já conta com 8 novos petroleiros em operação e 15 navios em construção » Blog do Planalto
Sexta-feira, 9 de janeiro de 2015 às 20:00
Da Petrobras
O Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef)
começa o ano de 2015 com oito petroleiros em operação, 15 navios em
construção – sendo seis na fase de acabamento – e oito com previsão de
entrega até o fim do ano. Com o programa, a subsidiária de logística da Petrobras investe R$ 11,2 bilhões na encomenda de 49 navios e 20 comboios hidroviários a estaleiros nacionais.
Os navios construídos por meio do Promef
transportam grande parte do combustível que ajuda a movimentar o
Brasil. Para se ter uma ideia, um petroleiro do tipo Suezmax – como o
Henrique Dias, que entrou em operação em dezembro de 2014 – tem
capacidade para 1 milhão de barris, o que equivale a quase metade da
produção diária do país.
O programa foi fundamental para a
retomada da indústria naval brasileira. O setor chegou a ter menos de 2
mil trabalhadores no fim da década de 90 e atualmente gera mais de 80
mil empregos diretos. O Promef viabilizou ainda a construção de três
novos estaleiros – Atlântico Sul e Vard Promar, em Pernambuco, que
juntos respondem pela construção de 30 navios; e Rio Tietê, em São Paulo
–, além da revitalização do Estaleiro Mauá (Eisa Petro-Um), no Rio de
Janeiro. O Brasil tem hoje a terceira maior carteira mundial de
encomendas de petroleiros.
Os oito petroleiros que estão operando
são os Suezmax Henrique Dias, Dragão do Mar, Zumbi dos Palmares e João
Cândido; e os navios de produtos José Alencar, Rômulo Almeida, Sérgio
Buarque de Holanda e Celso Furtado. Para este ano, outros oito navios
estão com entrega prevista, sendo dois Suezmax, dois Panamax e quatro
Gaseiros. Desses, seis se encontram em acabamento, sendo um Suezmax
(Estaleiro Atlântico Sul), dois Panamax (Eisa Petro-1) e três Gaseiros
(Vard Promar).
Os três pilares do Promef são construir
navios no Brasil, manter um índice de conteúdo nacional mínimo de 65% e
atingir competitividade internacional, após a curva de aprendizado. Os
dois primeiros pilares estão consolidados. E a busca por competitividade
mundial é o atual foco. Os principais players da indústria naval, como
Japão, Coreia do Sul e China levaram, respectivamente, 63, 53 e 23 anos
para atingir a maturidade do setor. Em um período menor, o Brasil já
começa a obter resultados comparáveis aos do mercado chinês.
Tipos de naviosSuezmax –
petroleiro para o transporte de óleo cru. A capacidade de carregamento
está na faixa de 140 mil a 175 mil toneladas de porte bruto (TPB). Essa
embarcação atende às limitações do Canal de Suez, no Egito: largura de
48 metros e calado de 17 metros.
Panamax – petroleiro
para o transporte de óleo cru e produtos escuros com capacidade de
carregamento na faixa de 65 mil a 80 mil TPB. Possui porte similar
àqueles que passam nas eclusas do Canal do Panamá.
Produtos – petroleiro
para o transporte de produtos derivados de petróleo, como diesel, nafta,
gasolina, óleo combustível e querosene de aviação. A capacidade de
carregamento está na faixa de 30 mil a 50 mil toneladas de porte bruto
(TPB). É destinado, prioritariamente, à navegação de cabotagem.
Gaseiros – embarcação construída para o transporte de gás liquefeito de petróleo. É destinado, prioritariamente, à navegação de cabotagem.
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