quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Terrorismo na França: 12 mortos em ataque a jornal

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França caça homens encapuzados autores do ataque, que entraram no prédio do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, com (fuzis) Kalashnikovs; 20 pessoas também ficaram feridas; publicação já havia sido alvo no passado após publicar charges com piadas sobre líderes muçulmanos; "é uma carnificina", disse policial; atiradores gritavam "vamos vingar o profeta", segundo relato de jornalista; presidente François Hollande convocou gabinete de crise e classificou o ataque como "atentado terrorista"; “Os assassinatos cometidos em Paris são revoltantes. Estaremos ao lado do povo francês no combate contra o terrorismo e pela defesa da liberdade de imprensa”, disse ainda o primeiro-ministro britânico David Cameron
7 de Janeiro de 2015 às 09:58

247 - O presidente francês François Hollande classificou o ataque à sede do jornal francês Charlie Hebdo, em Paris, como "atentado terrorista". De acordo com Vincent Justin, um jornalista que trabalha no edifício do jornal, os assassinos gritavam "vamos vingar o profeta". O prédio já foi alvo de ataques anteriores, por publicação de charges que satirizavam líderes muçulmanos.
Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil:
François Hollande qualifica ataque a jornal francês de "atentado terrorista"
O presidente francês, François Hollande, qualificou o ataque de hoje contra um jornal satírico francês de “atentado terrorista” de “extrema barbárie” e divulgou um balanço de 11 mortos e quatro feridos em estado crítico. O número foi posteriormente atualizado para 12 mortos, incluindo dois policiais.
Hollande, que falava no local do ataque, lamentou as mortes e referiu que “quatro pessoas lutam pela vida” e apelou à “unidade nacional” ante ao “ato terrorista de extrema barbárie”.
O presidente afirmou que a França “sabia que estava sob ameaça, como outros países do mundo” e que nas últimas semanas as autoridades desmantelaram planos de ataques terroristas no país.
Segundo Hollande, essas ameaças existem porque a França é “um país de liberdade”, acrescentando que “ninguém pode pensar que pode agir na França contra os valores da República”.
O presidente francês convocou uma reunião de crise para as 13h (horário em Lisboa). O gabinete do primeiro-ministro, Manuel Valls, anunciou que o nível de alerta na região de Paris foi elevado para o máximo, designado “alerta de atentado”.
Por volta das 11h30, dois homens armados com um fuzil automático kalashnikov e um lança-foguetes entraram na sede do jornal satírico Charlie Hebdo, no 11º bairro de Paris. No local, ocorreu uma troca de tiros com as forças de segurança, relatou uma fonte próxima da investigação.
Ao fugirem do local, os dois atacantes feriram um policial a tiros. Em seguida, abordaram um motorista que transitava no local, tomaram o veículo e, na fuga, atropelaram uma pessoa.
Leia, ainda, reportagens anteriores da Reuters:
PARIS (Reuters) - Pelo menos 11 pessoas morreram e 10 ficaram feridas em um ataque a tiros no escritório em Paris do jornal satírico Charlie Hebdo, que foi alvo de ataque no passado após publicar charges com piadas sobre líderes muçulmanos, informou a polícia.
Segundo a polícia, cinco feridos estão em estado grave.
Testemunhas disseram ao canal de notícias francês iTELE terem visto o incidente a partir de um prédio próximo no coração da capital francesa.
"Cerca de meia hora atrás dois homens com capuz preto entraram no prédio com (fuzis) Kalashnikovs", disse Benoit Bringer à emissora. "Poucos minutos depois, nós ouvimos vários tiros", disse, acrescentando que os homens depois foram vistos fugindo do prédio.
O policial Luc Poignant disse ter conhecimento da morte de um jornalista e de vários feridos, incluindo três policiais.
"É uma carnificina", disse Poignant à BFM TV.
A sede do Charlie Hebdo foi alvo de ataque com uma bomba incendiária em novembro de 2011 após o jornal ter publicado uma imagem do profeta Maomé em sua capa.
(Reportagem de Brian Love e Nicholas Vinocur)
Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil:
Subiu para 11 o número de pessoas mortas, incluindo dois policiais, e várias feridas no ataque promovido hoje (7) contra os escritórios do jornal satírico francês Charlie Hebdo.
O ataque foi feito por dois homens armados e encapuzados que entraram no hall da redação do jornal e dispararam pelo menos uma arma automática, segundo fontes citadas pelos jornais Nouvel ObservateurLibération e Le Figaro.
A presidência francesa informou que o presidente, François Hollande, se dirigia para o local e convocou uma reunião do gabinete de crise para às 15h (horário local).
As autoridades elevaram o nível de alerta de segurança na região parisiense para o máximo.
Uma pessoa disse que dois homens “armados com um [fuzil] kalashnikov e um lança-foguetes” atacaram o edifício, no centro de Paris, e “trocaram tiros com as forças de segurança”.
A redação do jornal satírico, publicado semanalmente, já tinha sido atacada em novembro de 2011, quando um incêndio de origem criminosa destruiu as suas instalações.
Esse incidente ocorreu depois de o jornal publicar um número especial sobre as primeiras eleições na Tunísia após a destituição do Presidente Zine el Abidine Ben Ali, vencidas pelo partido islâmico Ennahda, no qual o profeta Maomé era o “redator principal”.
O jornal tornou-se conhecido em 2006 quando decidiu republicar charges do profeta Maomé, inicialmente publicados no diário dinamarquês Jyllands-Posten e que provocaram forte polêmica em vários países muçulmanos.
Leia, ainda, a reação de David Cameron:
 
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, condenou o “revoltante ataque terrorista” de hoje (7) contra o jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, e exprimiu a sua solidariedade com a França na luta contra o terrorismo.
“Os assassinatos cometidos em Paris são revoltantes. Estaremos ao lado do povo francês no combate contra o terrorismo e pela defesa da liberdade de imprensa”, declarou Cameron, na sua conta na rede social do Twitter.
Pelo menos 11 pessoas foram mortas, incluindo dois policiais, e várias ficaram feridas no ataque desta quarta-feira contra os escritórios do Charlie Hebdo.
O ataque foi protagonizado por dois homens, armados e encapuzados, que entraram no hall da redação do jornal e dispararam pelo menos uma arma automática, segundo fontes citadas pelos jornais Nouvel Observateur, Libération e Le Figaro.
A Presidência francesa informou que o presidente, François Hollande, convocou uma reunião do gabinete de crise para às 15h (horário local). As autoridades elevaram o nível de alerta de segurança na região parisiense para o máximo.
Estados Unidos e Espanha condenam ataque a jornal francês
A presidência dos Estados Unidos condenou hoje (7) "nos termos mais fortes" o ataque contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo, que causou até o momento 12 mortes.
"Toda a Casa Branca está solidária com as famílias das pessoas mortas e feridas neste ataque", afirmou Josh Earnest, porta-voz do presidente americano, Barack Obama, à televisão MSNBC.
O porta-voz destacou que altos responsáveis da Casa Branca estão em contato direto com as autoridades francesas. "Os Estados Unidos estão prontos para colaborar com os franceses para os ajudar na investigação", acrescentou.
Dois homens armados com um fuzil automático kalashnikov e um lança-foguetes atacaram nesta quarta-feira a sede do jornal satírico Charlie Hebdo, no centro de Paris, fazendo pelo menos 12 mortos e quatro feridos muito graves.
O presidente francês, François Hollande, deslocou-se ao local e denunciou um "ataque terrorista" de "extrema barbárie".
O jornal Charlie Hebdo tornou-se conhecido em 2006 quando decidiu republicar charges do profeta Maomé, inicialmente publicados no diário dinamarquês Jyllands-Posten e provocaram forte polêmica em vários países.
A Espanha condenou "o ato terrorista vil e covarde" contra o jornal Charlie Hebdo e defendeu a liberdade de imprensa como "um direito fundamental". "Recebemos com horror a notícia do ato terrorista vil e covarde perpetrado hoje contra a sede do semanário francês Charlie Hebdo em Paris", afirmou o governo espanhol num comunicado.
"O Governo, em nome do povo espanhol, exprime a sua condenação mais firme" deste ataque, acrescentou. A Espanha "defende nos termos mais fortes do que nunca a liberdade de imprensa como um direito fundamental e irrevogável", ressatou o governo da Espanha.
Na sua conta no Twitter, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, escreveu: "a minha firme condenação do atentado terrorista em Paris e as minhas condolências e solidariedade ao povo francês pelas vítimas. Espanha com França".
Rússia e Alemanha condenam ataque a semanário francês
O presidente russo, Vladimir Putin, e a chanceler alemã, Angela Merkel, condenaram hoje (7) o atentado ao jornal semanal francês Charlie Hebdo, que matou pelo menos 12 pessoas.
Putin transmitiu condolências às famílias pelas vítimas do ataque e condenou o terrorismo em todas as suas formas, disse seu porta-voz. "Moscou condena firmemente o terrorismo em todas as suas formas", declarou à agência Tass Dmitry Peskov, o porta-voz de Putin, adiantando: "Nada pode justificar ataques terroristas".
"O Presidente Putin, tendo em conta o trágico acontecimento em Paris, expressa as suas condolências aos familiares e entes queridos dos mortos e também ao povo de Paris e a todos os franceses", disse ainda.
Angela Merkel enviou carta de condolências ao presidente francês François Hollande na qual classificou a ação de "atentado abominável": "Fiquei chocada quando soube do atentado abominável ao jornal em Paris", escreveu a chefe do Governo alemão.
Para a chanceler, "este ato horrível não é apenas uma agressão contra a vida das cidadãs e cidadãos franceses", constitui "também um ataque que nada pode justificar contra a liberdade de imprensa e de opinião, um fundamento da nossa cultura livre e democrática", afirmou.
Os escritórios do jornal satírico Charlie Hebdo foram atacados hoje de manhã por homens encapuzados e armados com um lança-foguetes. Além dos 12 mortos, quatro dos feridos encontram-se em estado grave.

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